Dia 55 - Jantar de despedida

No trabalho, Leandro conviveu com um grupo grande de portugueses que divertiam seus dias. Ora por falarem coisas engraçadas, ora por representarem, sem querer, algumas piadas que conhecemos. Deles se tornou amigo. E eu, por tabela, conheci pessoas de quem espero receber visitas. Acho que isso foi um dos  pontos que nos fez adaptar tão bem a Portugal. A facilidade com que encontramos pessoas com quem pudemos bater papos bons e longos.

Na nossa última semana, não podia deixar de acontecer, então, um tradicional jantar de despedida. Fomos a um restaurante que eu não lembro o nome (sorry!), perto do Jardim Zoológico, comer galinha à cabidela, que é como eles chamam o frango ao molho pardo e que aqui no Brasil, eu nunca tinha comido.

A galinha veio num arroz com bastante caldo, quase que como uma canjinha, mas com o molho especial, que é feito com seu sangue. O prato estava muito saboroso e eu adorei ter vencido o meu preconceito inicial. Leandro também gostou bastante.

Depois do jantar, quando o restaurante fechou, fomos quase todos para o segundo round da noite. Em Lisboa é muito comum que as pessoas passem por 3 ou quatro lugares, entre restaurante e bares, em uma mesma noite. Depois de jantarem (refeição sagrada pra eles), eles seguem pra um bar e depois pra outro e pra outro até cansarem. Mas ninguém tava a fim de toda essa peregrinação depois de um dia de trabalho não! 

A ideia inicial era irmos "tomar um copo" (tradução: beber um chopp) no Bairro Alto, mas a dificuldade para se chegar lá e estacionar nos venceu e fomos parar no Terreiro do Paço, onde quase todos beberam café e não chopp. Eu tomei um café com uma bola de sorvete dentro, que foi uma ótima sobremesa.

Depois de algumas horas de boas risadas, fomos andando pra casa. E eu me dei conta de que não era somente das fachadas bonitas, das ladeiras e da comida boa que eu sentiria falta.